28 de maio de 2009

Os 7 Grandes Medos


Sempre achei que o maior medo do ser humano fosse sentir medo. Mais uma vez irei comentar sobre ele, o temido. Por mais que se tente entender de forma teórica o medo é uma experiência variável e ao mesmo tempo singular. Mas para suprir tanta curiosidade afirma-se que o ser humano possui 7 grandes medos. Fazendo uso disso o leitor identifica-se com um dos modos e consegue aquele sentimento tranqüilizador de “outras pessoas sofrem do mesmo que eu”. Isso funciona somente como informativo, pois o medo que acomete cada um tem origem em algo que diz respeito à sua história e mesmo que seja deixado de lado por algum tempo, irá escapar ao controle consciente para dar um novo sinal impossibilitando a pessoa em outro momento de sua vida.

Os sete grandes medos mais comentados são: * medo de ficar/ser pobre * medo de ser criticado * medo de contrair alguma doença * medo de perder o amor de alguém * medo de envelhecer * medo da perda da liberdade * e o maior de todos, o medo da morte. Os seis primeiros apontam para o último pois tem em comum a mesma sensação de aniquilamento, mortífera. A atenção sobre cada um de forma independente não é relevante, pois o medo pode ser algo transitório aparecendo em um momento específico que se esteja atravessando com a possibilidade de deslocamento de um tipo de medo para outro. O importante a ser destacado é que cada pessoa tem as suas questões a nível inconsciente fazendo com que o medo surja como desencadeador de um processo individual já que não existe uma relação causa/efeito evidente que sirva como padrão. Como por exemplo o fato de ter medo de elevador não significa que todos os que estiveram presos dentro de um sentirão medo a partir desse episódio. Da mesma forma que nem todos os que tem medo de elevador já estiveram presos como também não será por esse motivo que se prefira subir ou descer de escada. Se fosse assim qual a explicação para o medo de insetos?

Diante da avalanche de (des) informações da mídia vive-se sob uma constante ameaça podendo gerar desde um simples receio em executar uma tarefa ou sair de casa até uma fobia grave incapacitante. Curar um sintoma não significa curar a patologia em sua origem. O medo é um sintoma e esse modo de expressão aponta para algo desordenado em seus processos psíquicos. A angústia traz impedimentos, depressões, pânicos, anorexias... O medo é a ponta do iceberg e a verdade submersa depende de uma investigação para se viver sem tantas barreiras.